segunda-feira, 28 de março de 2011

100 Gols

Rogério Ceni: Mito


Não por este professor blogueiro ser sãopaulino, mas sim por este acontecimento histórico que pude viver:
O centésimo gol do goleiro Rogério Ceni.
Este goleiro que é exemplo, não só pela sua habilidade com os pés ou com as mãos, mas principalmente por ser símbolo de amor à camisa, simbolo de amor ao time e à torcida!

Antes de mais nada, parabéns ao capitão Rogério.

Aproveitando o assunto:

A física das cobranças de falta!

Como não poderia deixar passar em branco, veremos a física envolvida em uma cobrança de falta!
A perfeição em uma cobrança de falta envolve vários fatores, logo, mostrarei alguns aqui.
Antes de mais nada, devemos entender o movimento de uma bola durante a cobrança. O movimento realizado em uma cobrança sobre a barreira, é um movimento parabólico, conhecido como Movimento Obliquo:




Como podemos perceber, o movimento obliquo é composto por dois movimentos: Horizontal e Vertical.
O movimento horizontal é um movimento constante, responsável por deslocar a bola em linha reta na horizontal. 
O movimento vertical é um movimento variado, responsável por deslocar a bola em linha reta na vertical (ou seja, fazer a bola subir e descer). O que torna esse movimento variado é a aceleração da gravidade que atua contra o movimento no início e a favor do movimento após ter atingido a altura máxima.

Resumindo, temos:

- O jogador aplica uma força na bola, gerando um Impulso.



- Este impulso implicará num movimento parabólico desta bola, sendo que verticalmente (coordenada y) esta bola irá perdendo velocidade até atingir a altura máxima (espera-se que neste momento a bola esteja passando por cima da barreira). Ao passar pela altura máxima, a bola começa a cair com um movimento variado acelerado (pois agora ela tem a "ajuda da aceleração da gravidade). 

- Se bem cobrada, ela pode terminar em gol!

Para o cálculo das velocidades no movimento parabólico temos:

Movimento Horizontal (coordenada x - Movimento constante)



Movimento Vertical (coordenada y - Movimento Variado)


Como podem perceber, as fórmulas são as mesmas porém com sinais contrários. O que indica movimentos em sentidos opostos. (Por exemplo: + na subida e - na descida). A utilização dos sinais depende do referencial adotado.
 

Um fator importante também na cobrança de uma falta é o ângulo no qual a bola fará com a horizontal, pois esse ângulo é fundamental para o alcance da bola. Para um alcance máximo, este ângulo deverá possuir 45º.

Mas é claro que, nenhum jogador de futebol conseguirá uma perfeição em suas cobranças se apenas estudar essas fórmulas de física! O que realmente o fará um vencedor em cobranças é muito treino! 
Nas palavras do Rogério Ceni
"Treinei 15 mil faltas antes de arriscar a primeira num jogo".

Mas também eu repito, nunca é demais saber um pouco além!

Grande abraço!

terça-feira, 15 de março de 2011

Professor com Conjuntivite

Bom dia!

Infelizmente entrei para a estatística: Fui pego pela Conjuntivite.

Apenas à título de informação:

O que é conjuntivite?

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. O branco do olho (esclera) é coberto por uma película fina chamada conjuntiva, que produz muco para cobrir e lubrificar o olho. Normalmente, possui pequenos vasos sangüíneos em seu interior, que podem ser vistos através de uma observação mais rigorosa. Quando a conjuntiva se irrita ou inflama, os vasos sangüíneos que a abastecem alargam-se e tornam-se muito mais proeminentes, causando então a vermelhidão do olho.

Em geral, acomete os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar seqüelas.

Causas

Quando a conjuntivite aparece depois do contato com um agente químico, ela é chamada de conjuntivite irritativa. Já aquele tipo causado por pó ou perfume recebe o nome de alérgica. As duas variações da doença provocam principalmente vermelhidão e coceira, e não são transmitidas por contato. Ela pode ser ainda viral ou bacteriana, em geral mais graves e podendo ser transmitidas por contato. As virais são as que mais freqüentemente são causas de epidemias.

A contaminação do olho com bactérias ou vírus, se dá por transmissão dos mesmos pelas mãos (por manipulação do olho), por toalhas, cosméticos (particularmente maquiagem para os olhos) ou uso prolongado de lentes de contato.

Os irritantes causadores de conjuntivite podem ser a poluição do ar, fumaça (cigarro), sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro, produtos de limpeza, etc.

Alguns indivíduos apresentam conjuntivite alérgica (sazonal), devido à alergia, principalmente a pólen e perfumes em spray.

Sintomas

Em geral, a conjuntivite se caracteriza por ardência e coceira na região ocular, com sensação de corpo estranho (areia ou de ciscos) nos olhos, bem como um irritante lacrimejar, olhos vermelhos e sensíveis principalmente à claridade, e pálpebras inchadas. No caso da conjuntivite infecciosa, os olhos doem, além de secretarem um insistente líquido amarelado. Este tipo é, sem dúvida, o que mais aflige.

Infecções bacterianas, com estafilococos ou estreptococos, deixam o olho vermelho, associado a um montante considerável de secreção purulenta (pus). Uma consulta imediata a um oftalmologista é aconselhada. Por outro lado, outras infecções bacterianas são crônicas e podem produzir pouca ou mesmo nenhuma supuração, exceto um pequeno endurecimento dos cílios pela manhã.

Alguns vírus produzem a típica irritação dos olhos, dores de garganta e corrimento nasal, devido a um pequeno resfriado. Outros podem infectar apenas os olhos. As conjuntivites virais produzem geralmente duram de uma a duas semanas.

Como Evitar

Para combater uma epidemia é importante que as pessoas com conjuntivite, bem como as que não apresentam a infecção, tenham algumas informações que são úteis para a sua proteção e para evitar o contágio.

Para prevenir a transmissão, enquanto estiver doente, tome as seguintes precauções:

• Lave com freqüência o rosto e as mãos uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microorganismos.
• Aumente a freqüência de troca de toalhas ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos.
• Não compartilhe toalhas de rosto.
• Troque as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise.
• Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas e, ao usá-los não encoste o bico do frasco no olho.
• Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite, ou se estiver usando colírios ou pomadas.
• Não compartilhe o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza.
• Evite coçar os olhos para diminuir a irritação.
• Evite aglomerações ou freqüentar piscinas de academias ou clubes.
• Evite a exposição a agentes irritantes (fumaça) e/ou alérgenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.

Para prevenir o contágio, tome as seguintes precauções:

• Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas).
• Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos.
• Não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa).
• Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos.

Todos estes cuidados devem ser verificados por pelo menos 15 dias desde o início dos sintomas nos indivíduos contaminados, já que durante este período as pessoas com conjuntivite podem ainda apresentar contágio, evitando repassá-la para outras pessoas.

Tratamento

Na maioria dos casos de conjuntivite, os sintomas e a doença passam em 10 dias, sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento. Medicações (pomadas ou colírios) podem ser recomendadas para acabar com a infecção, aliviar os sintomas da alergia e também diminuir o desconforto. Acima de tudo, não use medicamentos sem orientação médica. Alguns colírios são altamente contra-indicados porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.

Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos, sendo assim, cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença.

Se você sabe que tem alergia ou intolerância a algum produto químico, mantenha-se longe dele, durante e depois da crise.

Para melhorar os sintomas, lave os olhos e faça compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico.

E lembre-se: ao perceber alguma irritação, vermelhidão ou secreção anormal, procure imediatamente seu oftalmologista. Só ele pode indicar o melhor tratamento.

Sinais de alerta

Se ocorrer algum destes problemas, procure imediatamente seu médico:

• Alterações visuais.
• Dor ocular intensa.
• Dor ao movimentar os olhos.
• Febre.
• Não melhorar com a medicação.
• Secreção continua após o término da medicação.
• Aumento da sensibilidade à luz. 

Fonte: http://boasaude.uol.com.br (Acesso em: 15 de março de 2011)

Grande abraço!

sábado, 12 de março de 2011

Desastre no Japão: As Tsunamis


 Boa tarde!

Infelizmente essa semana fomos surpreendidos com a terrível notícia vinda do Japão. 
Por mais que não seja novidade ouvirmos falar sobre "terremotos no Japão", desta vez o susto foi enorme, pois o país foi atingido pelo maior de sua história. (O abalo atingiu 8,9 na escala Richter).
O que também muito assustou foi a criação da Tsunami, que devastou a costa matando ainda um número desconhecido de pessoas. 
Aproveitemos então o assunto para falar um pouco sobre a Tsunami.


Terremotos, erupções vulcânicas e outras explosões submarinas podem gerar Tsunamis.


Para calcular a velocidade de um tsunami em alto mar é muito simples:
Basta aplicar a equação:

 Onde:

V = velocidade da onda
g = Aceleração da gravidade
h = é a profundidade local

Desta equação, podemos concluir que:

A velocidade da tsunami está relacionada com a gravidade (aproximadamente 9,8 m/s²) e com a profundidade. Pela relação concluímos que quanto maior a profunidade, maior será a velocidade.

A altitude da tsunami também está relacionada com a profundidade do local, desta vez inversamente proporcional, ou seja, quanto mais profundo for a região, menor será a onda.

Resumindo:

- Um abalo sísmico em alto mar, provocará uma perturbação nas águas gerando uma tsunami.
- Por ser uma região de grande profunidade, a onda gerada possuirá baixa amplitude a alta velocidade.
- À medida que a onda se aproxima da costa (região menos profunda) ela aumenta sua amplitude e diminui a sua velocidade.




Obs: Um fato importante é lembrarmos que a tsunami é uma onda, ou seja, ela não tem a característica de transportar matéria, mas sim Energia. (A perda de energia durante um movimento de onda deve ser considerado, porém não é suficiente para destruí-la completamente).

Espero poder ter ajudado um pouco a esclarecer.

Grande abraço

terça-feira, 8 de março de 2011

Agradecimentos

Apenas um obrigado


Hoje, como de costume, acessei o meu blog e dei uma olhadinha nas estatísticas de acessos.
Para minha enorme felicidade e espanto, acabo de atingir 1000 acessos!
O que para muitos não significa nada, para mim, é um enorme orgulho saber que este blog, por mais simples que seja, e principalmente, por abordar um assunto que não é de muito interesse das pessoas, conseguiu um número considerável de pessoas em pouco tempo.
Resumindo em números:

São 1000 acessos em 4 meses
Uma média de: 250 acessos por mês; 8 acessos por dia.

Espero que esses números sejam uma constante. Esse "blogueiro professor" estará mais que satisfeito.

Muito obrigado!
Abraços

domingo, 6 de março de 2011

É carnaval! É festa! É física!

Salve salve Marquês de Sapucaí!

 
Não teve jeito! Tive que aproveitar o assunto e falar um pouquinho de física

Estive assistindo aos "melhores momentos" do carnaval de São Paulo este ano, e vi que uma escola teve problemas com algumas alegorias, estourando o tempo máximo permitido pelo regulamento.
Como eu consigo transformar tudo em física, vamos tentar observar o problema físico em uma situação como esta.

Imaginemos a Marquês de Sapucaí.

Através do olho que tudo vê na internet (vulgo Google), consegui encontrar que o famoso sambódromo carioca possui 700 metros de comprimento. Ou seja, durante um desfile de carnaval, nossos carnavalescos precisam enfrentar uma caminhada de 0,7 quilômetros!

Bom, mas o que fazer para evitar problemas com o tempo?
A resposta é simples! Um cálculo de Velocidade Escalar Média pode resolver isto!

- Consideremos que uma escola de samba, em todo seu comprimento, tenha uma fila total de 2 km (ou seja, 2000 metros);
- Consideremos também que essa escola esteja atravessando os 0,7 km (700 metros) da Marquês de Sapucaí;
- E por último, consideremos uma média de 1 hora de tempo permitido (60 minutos ou 3600 segundos).

Para não haver problemas com o tempo, calculemos a velocidade média que nossos passistas devem ter para não estourarem o tempo.

A fórmula é muito simples:


Nada mais é do que relacionarmos o espaço que devemos percorrer dividido pelo tempo necessário para isso. 
O único detalhe é: Não devemos considerar apenas o comprimento do sambódromo, mas também o comprimento da escola de samba, pois ela só terminará o desfile quando todos seus componente atravessarem o portão! 

(Obs: Muitos problemas como estes são encontrados em vestibulares, em situações como Caminhão atravessando túnel, trens atravessando pontes, navios atravessando canais, etc)

Então o comprimento total será: 700 m + 2000 m = 2700 m
Relacionando com o tempo ( 3600 segundos) teremos:

V = 2700 m / 3600 s 

Teremos uma velocidade média de 0,75 metros / segundos.

Como não estamos habituados com esses termos, transformemos em Km/h:


Então: 

0,75 x 3,6 = 2,7 Km/h.

Esta sim é a velocidade média que toda a escola de samba deve ter para conseguir atravessar todo o percurso no tempo estimado!

Ah, você achou uma velocidade baixa?

Pois faça isso... lembre-se apenas que você estará com uma fantasia com no mínimo uns 10 kg nas costas, ou então estará empurrando uma alegoria, carregando uma bandeira, etc, etc, etc...

Abraços!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Enquanto isso na escola pública...

O que mais pode acontecer?

Mês de Dezembro. 
Mais uma vez estavam abertas as inscrições para a prova dos professores não efetivos da rede pública. Dentre estes, eu acreditava ser mais uma prova que eu conseguiria passar.
Chega o dia da prova, saio cedo de Ipuã e vou para São Joaquim da Barra para mais um ano de concurso público. Lembro-me que a prova foi um dia após a formatura de uma das escolas particulares que trabalho, então para amenizar meu cansado devido à festa, esperei as obrigações como professor terminarem naquela noite e fui embora mais cedo para descansar um pouco.
Como eu já esperava, a prova não estava difícil, pois os assuntos ali cobrados se encontravam em um nível médio, sem muitos "quebra-cabeças". Com um desempenho razoável, consegui me classificar dentre os primeiros colocados da região. Bastava agora esperar a atribuição.

Ah... essa rede pública.

Há poucos dias da atribuição, chega à escola onde leciono um comunicado com um assunto de meu interesse. Neste comunicado, constava que eu, juntamente com alguns outros professores, fazíamos parte da categoria "O" e que nossos contratos estariam suspensos por 200 dias letivos! (Em outras palavras, você trabalha 1 ano e fica 1 "descansando"). 
Com aquela suspensão, eu perdi o vínculo com a U.E (Unidade Escolar), não podendo mais participar da atribuição de aulas naquela escola.
Depois da atribuição, ou seja, após outros professores "pegarem" nossas aulas, a Diretoria de Ensino envia à escola outro comunicado, relatando desta vez que aqueles professores que tiveram seus contratos suspensos, poderiam sim participar da atribuição de aulas, porém participariam desta atribuição nas Escolas Polos (traduzindo: participaríamos juntamente com os professores de toda a região abrangida pela D.E.).

Chegando o dia da atribuição, lá estávamos nós mais uma vez, professores aprovados pelo concurso. 
A grande notícia era que não havia quase que mais aula nenhuma sobrando. 
Ou seja... sobramos.

Esse concurso então, se tornou uma obrigação que não lhe garante absolutamente nada. 

Para dizer que ficamos de mãos abanando, pelo menos digo por mim, acabo de "pegar" uma licença saúde de 60 dias, pois a professora foi Obrigada a pegar as aulas, mesmo sem condições de lecioná-las.

É a triste vida de um professor de escolas públicas.

Com certeza, vem mais por aí...