Aproveitando o embalo da nova série do programa Fantástico
da Rede Globo, e aproveitando também o fato deste assunto ter aparecido esta
semana em uma de minhas aulas, essa postagem vem para tratar um tema que
assusta muita gente: O barulho de um trovão!
Figura 1: Exemplo de raio
Apesar de vários temas a serem discutidos sobre esse
assunto, hoje nos concentraremos apenas no fato do barulho chegar instantes após
vermos aquele “clarão” que acompanha as tempestades.
Antes de mais nada, apenas uma definição simples de Raio,
Relâmpago e Trovão:
Um raio é uma descarga elétrica produzida entre nuvens, ou
então, entre essas e o solo, enquanto que um relâmpago seria a descarga visível
com aquelas trajetórias ramificadas no céu, e o trovão, por sua vez, é a onda
sonora que acompanha esse fenômeno, ou seja, o barulho produzido por um raio.
O susto que grande parte das pessoas sofre é devido aquele
estrondo ensurdecedor instantes após a aparição de um relâmpago. O que veremos é
porquê o barulho sempre chega após alguns segundos do clarão.
O fato é muito simples: Som e Luz possuem velocidades
extremamente diferentes. Enquanto a velocidade da luz no ar é de
aproximadamente 300.000 km/s, o som possui uma velocidade aproximada de 340
m/s.
Ou seja, ao ocorrer um raio, a luz proveniente dessa
descarga consegue percorrer 300.000 quilômetros em apenas 1 segundo, enquanto
que o trovão vem atrás, percorrendo apenas 340 metros em 1 segundo. É por isso
que, ao ocorrer um raio, nós vemos primeiro o relâmpago, para depois de alguns
segundos ouvirmos o barulho do trovão.
Fato simples, porém interessante desse nosso mundo físico!
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Faça você!
É muito simples de sabermos aproximadamente a distância que
um raio caiu de nós.
Durante um dia de tempestade, faça o teste. Ao ver o clarão
de um relâmpago, ao invés de tapar os ouvidos com medo do trovão, olhe para o relógio
e conte os segundos que irá levar para ouvir o trovão.
Com o tempo que você contar dentre o clarão e o barulho, você
irá multiplicar por 340, e o resultado matemático desse cálculo é
aproximadamente a distância entre você e o local onde caiu este raio.
Não entendeu? Muito simples:
Consideremos a clássica equação da velocidade média:
Consideremos a Velocidade do Som = 340 m/s.
Consideremos por exemplo que o intervalo de tempo registrado
foi de 5 segundos.
Substituindo na fórmula, temos:
V = ΔS / Δt
340 = ΔS / 5
ΔS = 340 . 5
ΔS = 1.700 metros
Ou seja, multiplicando o valor da velocidade do som pelo
tempo, você encontra a distância aproximada entre você e o local onde caiu tal
raio.
Obs. 1: Num caso como esse, não precisamos descontar a
velocidade do som da velocidade da luz, pois como essa velocidade é extremamente
alta, é praticamente instantâneo o momento entre o raio e o momento em que você
vê o relâmpago.
Obs. 2: Utilizando as palavras de um professor amigo meu: “Não
tema os raios, porquê sempre que você ouve um raio é porquê ele não atingiu você”
Abraços
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